sábado, setembro 30, 2006

"Isso é cópia!"


"Isso é cópia!" - diz a mãe da Amélia. Contudo aqui fica, respectivamente, a Maria e o Manuel, já "adultos filhotes".

A ler:

"Lula, contra tudo e contra todos" (Ivo Rafael Silva) e "Seria o meu candidato (Daniel Oliveira).

"reforma"

[segurança social, constituição, IRS, educação, ensino superior, saúde, reformas...]

No senso comum da política conseguiu-se transformar numa convenção, que o facto de um governo fazer "reformas", é uma coisa boa.
O que virá será melhor que o que estava, embora no presente, exija sempre um esforço maior para os que cá estão.
Grandes sonhadores!

terça-feira, setembro 26, 2006

Desabafos desamparados

Sucedeu-me duas vezes nas últimas semanas, alguém que cai desamparado no chão.
Hoje, foi uma velhota de 81 anos que ao sair do autocarro escorregou, caiu e bateu com a cabeça violentamente num pilarete do passeio. Em todo o torpor da vida urbana apenas láestava eu e o condutor do autocarro para a acompanhar e chamar o 112, nenhum médico ou alma que se denunciasse. Os passageiros do autocarro rapidamente correram para apanhar o próximo e a "vidinha" continuou. Chegado o INEM, relativizando a queda, já outra boca maldizente dizia que os motoristas da Carris conduziam mal e que deveria ter sido disso.
O condutor da Carris, entretanto, havia-me dito que agora a central já não estava autorizada para chamar o 112 e que lhe haviam dito para telefonar do seu telemóvel. A medo perguntou-me se podia ser testemunha dele para com o processo de inquérito sobre o ocorrido que a empresa lhe levantaria...

domingo, setembro 24, 2006

Wal-Mart: The High Cost of Low Price


A indústria de documentários independentes nos EUA floresce. "Wal-Mart: The High Cost of Low Price" é um documentário de 2005, que pretende ser um testemunho da vida dos empregados e respectivos familiares, da maior multinacional mundial a cadeia de supermercados Wal-Mart.
Veremos se chega a Portugal.

A ler:



... para além do livro, também há o blog.

Universidade Fernando Pessoa

A Universidade Fernando Pessoa tem uma licenciatura de arquitectura e urbanismo. Os seus alunos têm sido dos mais activos contestatários ao sistema de admissão da OA, pois esta licenciatura não foi nem sequer reconhecida pela OA.
Um dos argumentos, bem sei que pouco jurídico, era que o número de horas/ano da licenciatura equivalia ao nº de horas da discilpina de Projecto/ano das outras licenciaturas. Os seus alunos lá recorreram da decisão da OA e, juridicamente, ganharam.
Sem que grandes informações se possam obter pela página da Universidade, apenas me resta chamar a atenção para uma das batalhas que me tem sido mais cara dentro da OA. No regulamento de estágio da instituição (link) vem uma das mais hilariantes afirmações sobre os estágios: "Os estágios são pedagógico-profissionais, não havendo lugar a remuneração do estagiário."

Hooliganismos benfiquistas

Que tal proibir engenheiros de assinar projectos de arquitectura e de treinar equipas de futebol?

O bom gigante


Não posso deixar de aconselhar este texto sobre o José Torres e o Benfica.

Cinco dias


Cinco dias é o novo blog do Nuno Ramos de Almeida, Rui Tavares, Ivan Nunes, António Figueira e Joana Amaral Dias.
Os últimos meses têm-me dado pouco tempo para cirandar pelos blogs, contudo este vai passar a ter mais uma visita diária.

"Cidade e Democracia" ou "Cidade e Democracia Deles"

Nota prévia: Em co-autoria com o historiador José Neves, também fui bolseiro da Fundação da Juventude. Por motivos nunca clarificados a nossa investigação, sob o título "Almada, cidade sem muros nem ameias" na qual se pretendia fazer uma análise social, política e urbana de uma autarquia comunista-modelo, foi excluída.


No início eram 1500,00 € para se fazer uma investigação que duraria 3 meses, sem grande acompanhamento e dependentes da capacidade do investigador para procurar informação. Depois veio o livro.
Com o livro, apareceram os doutores e com os doutores os seus amigos. A autoria, e o centro da publicidade do livro patrocinado pela Fundação da Juventude, imediatamente passou a ser as destacadas figuras que o deveriam "organizar". Nada me move contra o Prof. Álvaro Domingues, nem contra o Nuno Portas, que naturalmente aproveitaram mais uma possibilidade de publicação.
Contudo poarece-me inaceitável o papel da Fundação da Juventude, que com dinheiros públicos consagrados para potenciar o aparecimento de jovens investigadores, se limita a promover as pessoas que disso já não têm necessidade. É lamentável que também a Ordem dos Arquitectos - SRN, subscreva uma publicação na qual os seus associados (para se ser investigador era necessário ser sócio da OA) são tratados como meros escravos de um sistema de "nobre figuras" às quais é importante prestar vassalagem.
Para atestar aquilo que digo basta fazer uma leitura das notícias que saíram na época sobre o livro ou mesmo ler os blogues. As referências ao nome dos "autores-investigadores" são nulas, passando a meros agentes de confirmação da construção da tese que Nuno Portas tem vindo a defender, ainda que os textos disso pudessem derivar.

Como é óbvio, e perceberá quem por este blogue vai passando, a investigação que por nós foi apresentada "Almada, cidade sem muros nem ameias", não batia certo com a tese perfilhada há muitos anos pela corrente ideológica personificada por Nuno Portas, muito próxima duma terceira via de Blairista, que aliás parece cada vez mais ultrapassada.

Aqui ficam os links dos blogues, de dois investigadores também envolvidos neste processo, que não sei se concordarão com a minha opinião:
Linha de Rumo - Guimarães
PSBF - Viseu

quinta-feira, setembro 21, 2006

"Adeus tio"


"Adeus tio, cá te espero no Natal!"

domingo, setembro 17, 2006

13 de Setembro

No passado dia 13 de Setembro, enquanto os boggers nacionais explanavam a sua soberba intelectual, por entre abaixo assinados e gritos de guerra contra as FARC, Gregorio Izquierdo, dirigente sindical e militante comunista, era assassinado.
A notícia pode ser lida aqui.

Um jornal de esquerda

Concordo com o que escreve o Canhotices.
A propósito da primeira edição do semanário Sol e da "transformação" do Expresso, o José M Pereira refere que falta um jornal de referência da área da esquerda.
A pretensa "independência" é sempre uma falácia. A escolha das primeiras páginas, ou dos conteúdos mais destacados são sempre objecto de decisão política, ainda que haja pessoas de esquerda e direita a escrever em quase todos os jornais. Neste sentido todos os jornais actuais demonstram uma tendência predominante de direita, embora uma ou outra vez cedam para outras margens, a bem da "independência".
Não tenho dúvidas que falta um jornal de esquerda, não para ouvirmos o eco daquilo que dizemos mas para conseguirmos notícias daquilo que queremos, seja da fraude eleitoral no México, das Câmaras Municipais com Orçamento Participativo, do 11 de Setembro de 1973, das discussões sobre o papel social do arquitectos tidas na Bienal de Veneza...

sábado, setembro 16, 2006

EPUL

Pode a Câmara Municipal de Lisboa adjudicar directamente a uma empresa a execução de um projecto de arquitectura?
Sim, desde que os honorários não excedam os 5.000,00 €, de acordo com o DL 197/99 - Realização de despesas públicas e contratação pública relativa à locação e aquisição de bens móveis e serviços.

Será que os honorários dos projectos para o Parque Mayer (Atelier Vão ou Frank Gehry) e Biblioteca de Lisboa (Aires Mateus), por exemplo, são inferiores a 5.000,00 €?
Não, pois a CML utiliza um subterfúgio ilegal para não fazer os necessários concursos públicos, anunciando publicamente a adjudicação mas remetendo a despesa para a empresa pública municipal - EPUL.

E o Tribunal de Contas não impede a fuga de verbas da CML para a EPUL?
Não, até hoje a versão do TC é que só se pode pronunciar após a conclusão da obra e não em função das conferências públicas da CML. Em último caso a CML pode alegar "interesse público" ou "urgência", o que em ambos os casos é rizível.

O triunfo dos porcos

Os últimos alunos a entrar nas licenciaturas de arquitectura da Universidade do Porto e Évora obtiveram respectivamente as médias de 18,1 e 14 valores. Estes são os dois extremos das classificações, que neste ano se teve de obter para atingir a possibilidade de se estudar arquitectura numa universidade pública. Mais tarde, estes alunos de grandes notas e aspirações, terão de emigrar ou de se desenrascar num país onde serão maltratados por um poder de estado constituído por gentes mediocres e de raciocínio curto.

quinta-feira, setembro 14, 2006

segunda-feira, setembro 11, 2006

A direita, o PS, os reaccionários e os amantes deles

Paulo Pedroso e outros distintos bloggers organizaram um abaixo-assinado com a seguinte introdução:
"Dando seguimento à onda de indignação, com a presença das FARC na Festa do Avante, e solidariedade para com os mais de 3.000 sequestrados por este grupo terrorista, que se estabeleceu na blogosfera portuguesa, constituiu-se um grupo, tendo em conta as propostas que os diversos elementos formularam, que elaborou diversos documentos para enviar a diversas entidades."
Este abaixo-assinado foi fluentemente difundido por todos os blogues mais reaccionários tendo encontrado alguns albergues na esquerda moralista.
No Canhotices foi publicada uma carta aberta a Paulo Pedroso de resposta ao abaixo-assinado, muito menos mediatizada, mas que merece divulgação:

Sr Paulo Pedroso:
Sou militante do Partido Comunista Português. Tenho 32 anos. Sociólogo como o senhor.Acompanhei esta questão na net desde que foi levantada no Tugir. Primeiro sorri. Depois verifiquei que o barulho continuava e se multiplicava. Estendia-se à comunicação social. Vi o seu nome associado a esta nojeira anti comunista. Poderemos discutir a natureza das FARC, discutir as diferenças entre legalidade e legitimidade. Poderia lembrar-lhe a si, militante do PS as acções do socialista Palma Inácio antes do 25 de Abril. Ou as armas de Edmundo Pedro. Poderia lembrar-lhe os elogios do PS em 1975 a Ceausescu. Lembrar a amizade de Mário Soares com o mafioso do PS Italiano. Ou as viagens do militante socialista João Soares à Jamba de Savimbi. E estaríamos conversados quanto a companhias.O que não posso admitir, como militante da organização PCP é a presunção que em actividades deste Partido se tenham praticado actividades ilegais, com eventual entrada de pessoas clandestinas em Portugal com o beneplácito deste partido - pessoas que ainda por cima o senhor repete à exaustão serem traficantes de droga.Tal afirmação é uma ofensa ao PCP como aos seus militantes. Uma calúnia soez, primária e cobarde. Isto não é combate político!O seu amigo Ferro Rodrigues, aquando da sua detenção afirmou que iria fazer da luta contra a cabala que constituía a sua detenção o combate da sua vida e que não descansaria enquanto não apanhasse os autores dessa cabala. Até hoje não há sinais de cabalas e de autores - e o combate do seu amigo, hoje é em Paris no tachinho da OCDE.Amigo lute pelo nosso povo! Assine petições pelo nosso povo.Portugal merece.E por favor deixe-se de anticomunismos primários...Intelectualmente isso diminui-o. Mesmo que se queira mover por instintos básicos de revanche.

Neruda

Pablo Neruda
Confieso que he vivido
Chile, 14 de septiembre de 1973.

Mi pueblo ha sido el más traicionado de este tiempo.
De los desiertos del salitre, de las minas submarinas del carbón , de las alturas terribles donde yace el cobre y lo extraen con trabajos inhumanos las manos de mi pueblo, surgió un movimiento liberador de magnitud grandiosa. Ese movimiento llevó a la presidencia de Chile a un hombre llamado Salvador Allende, para que realizara reformas y medidas de justicia inaplazables, para que rescatara nuestras riquezas nacionales de las garras extranjeras.
Donde estuvo, en los paises más lejanos, los pueblos admiraron al presidente Allende y elogiaron el extraordinario pluralismo de nuestro gobierno . Jamás en la historia de la sede de las Naciones Unidas, en Nueva York, se escuchó una ovación como la que le brindaron al presidente de Chile los delegados de todo el mundo.
Aquí en Chile se estaba construyendo, entre inmensas dificultades, una sociedad verdaderamente justa, elevada sobre la base de nuestra soberania, de nuestro orgullo nacional, del heroismo de los mejores habitantes de Chile. De nuestro lado, del lado de la revolución chilena, estaban la Constitución y la ley, la democracia y la esperanza.
Del otro lado no faltaba nada. Tenían arlequines y polichinelas, payasos a granel, terroristas de pistola y cadena, monjes falsos y militares degradados. Unos u otros daban vueltas en el carrusel del despecho. Iban tomados de la mano el fascista Jarpa con sus sobrinos de "Patria y Libertad", dispuestos a romperles la cabeza y el alma a cuanto existe, con tal de recuperar la gran hacienda que ellos llamaban Chile. Junto con ellos, para amenizar la farándula, danzaba un gran banquero y bailarin , algo manchado de sangre; era el campeón de rumba Gonzalez Videla, que rumbeando entregó hace tiempo su partido a los enemigos del pueblo. Ahora era Frei quien ofrecia su partido democrata - cristiano a los mismos enemigos del pueblo, y bailaba además con el ex coronel Viaux, de cuya fechoría fue cómplice. Estos eran los principales artistas de la comedia. Tenian preparados los viveros del acaparamiento, los "miguelitos" , los garrotes y las mismas balas que ayer hicieron de muerte a nuestro pueblo en Iquique, en Ranquil, en Salvador, en Puerto Montt, en la Jose Maria Caro, en Frutillar, en Puente Alto y en tantos otros lugares. Los asesinos de Hernán Mery bailaban con naturalidad santurronamente. Se sentían ofendidos de que les reprocharan esos "pequeños detalles".



Chile tiene una larga historia civil con pocas revoluciones y muchos gobiernos estables, conservadores y mediocres. Muchos presidentes chicos y sólo dos presidentes grandes: Balmaceda y Allende. Es curioso que los dos provinieran del mismo medio, de la burguesía adinerada, que aqui se hace llamar aristocracia. Como hombres de principios, empeñados en engrandecer un pais empequeñecido por la mediocre oligarquía, los dos fueron conducidos a la muerte de la misma manera.
Balmaceda fue llevado al suicidio por resistirse a entregar la riqueza salitrera a las compañias extranjeras. Allende fue asesinado por haber nacionalizado la otra riqueza del subsuelo chileno, el cobre. En ambos casos la oligarquia chilena organizó revoluciones sangrientas. En ambos casos los militares hicieron jauría. Las compañias inglesas en la ocasión de Balmaceda, las norteamericanas en la ocasión de Allende, fomentaron y sufragaron estos movimientos militares.
En ambos casos las casas de los presidentes fueron desvalijadas por órdenes de nuestros distinguidos "aristócratas". Los salones de Balmaceda fueron destruidos a hachazos. La casa de Allende, gracias al progreso del mundo, fue bombardeada desde el aire por nuestros heroicos aviadores.
Sin embargo, estos dos hombres fueron muy diferentes. Balmaceda fue un orador cautivante. Tenía una complexión imperiosa que lo acercaba más al mando unipersonal. Estaba seguro de la elevación de sus propósitos. En todo instante se vió rodeado de enemigos. Su superioridad sobre el medio en que vivía era tan grande, y tan grande su soledad, que concluyó por reconcentrarse en sí mismo. El pueblo que debia ayudarle no existía como fuerza, es decir, no estaba organizado. Aquel presidente estaba condenado a conducirse como iluminado , como un soñador: un sueño de grandeza se quedó en sueño. Después de su asesinato, los rapaces mercaderes extranjeros y los parlamentarios criollos entraron en posesión del salitre: para los extranjeros, la propiedad y las consesiones ; para los criollos las coimas. Recibidos los treinta dineros todo volvió a su normalidad. La sangre de unos cuantos miles de hombres del pueblo se secó pronto en los campos de batalla. Los obreros más explotados del mundo, los de las regiones del norte de Chile, no cesaron de producir inmensas cantidades de libras esterlinas para la City de Londres.
Allende nunca fue un gran orador. Y como estadista era un gobernate que consultaba todas sus medidas. Fue el antidictador, el demócrata principista hasta en los detalles. Le tocó un pais que ya no era el pueblo bisoño de Balmaceda; encontró una clase obrera poderosa que sabia de que se trataba. Allende era dirigente colectivo; un hombre que, sin salir de las clases populares, era un producto de la lucha de esas clases contra el estancamiento y la corrupción de sus explotadores. Por tales causas y razones, la obra de que realizó en tan corto tiempo es superior a la de Balmaceda; más aun, es la más importante en la historia de Chile. Sólo la nacionalización del cobre fue una empresa titánica, y muchos objetivos más se cumplieron bajo su gobierno de esencia colectiva.
Las obras y los hechos de Allende, de imborrable valor nacional, enfurecieron a los enemigos de nuestra liberación. El simbolismo trágico de esta crisis se revela en el bombardeo del Palacio de Gobierno; uno evoca la Blitz Krieg de la aviación nazi contra indefensas ciudades extranjeras, españolas, inglesas, rusas; ahora sucedía el mismo crimen en Chile; pilotos chilenos atacaban en picada el palacio que durante siglos fue el centro de la vida civil del país.
Escribo estas rápidas líneas para mis memorias a sólo tres dias de los hechos incalificables que llevaron a la muerte de mi gran compañero el presidente Allende. Su asesinato se mantuvo en silencio; fue enterrado secretamente; sólo a su viuda le fue permitido acompañar aquel inmortal cadaver. La versión de los agresores es que hallaron su cuerpo inerte, con muestras de visible suicidio. La versión que ha sido publicada en el extranjero es diferente. A reglón seguido del bombardeo aéreo entraron en acción los tanques , muchos tanques, a luchar intrépidamente contra un solo hombre: el Presidente de la Republica de Chile, Salvador Allende, que los esperaba en su gabinete, sin más compañía que su corazón , envuelto en humo y llamas.
Tenian que aprovechar una ocasión tan bella. Habia que ametrallarlo porque nunca renunciaría a su cargo. Aquel cuerpo fue enterrado secretamente en un sitio cualquiera. Aquel cadáver que marchó a la sepultura acompañado por una sola mujer que llevaba en si misma todo el dolor del mundo, aquella gloriosa figura muerta iba acribillada y despedazada por las balas de las metralletas de los soldados de Chile, que otra vez habian traicionado a Chile.


retirado de "La insignia"

11 de Setembro 1973

Hoje, blogues amigos do outro lado do mundo, resolveram lembrar o golpe que destruiu uma das mais interessantes experiências de libertação de um povo. O 11 de Setembro de 1973 para além de ter sido um dia de destruição, tal como em 2001, foi também o início dos dias negros em que o Chile e a América Latina foram lentamente mergulhando. No Chile de Allende tudo se julgou ser possível. A ironia de uma luta eleitoral, vivida e vencida pelo povo, e da implantação serena de uma Democracia foi destruída pela violenta repressão fascista liderada por um General, cujo nome nunca deixará de nos arrepiar.
Deixo algumas referências de textos que fui lendo:

"O Outro 11 de Setembro"
"O sonho de Salvador Allende"
"Nunca Olvidar"
"Onze de Setembro, Santiago de Chile"
"Conselhos para leitura de hoje"
Chile, 11 Setembro de 1973
Chile - 33 anos depois

11 de Setembro de 1973


Hoje sou chileno e recordo a Reforma Agrária, a nacionalização da banca e das empresas associadas ao cobre - principal riqueza do país.
Viva o Chile e a América livre!

10 de Setembro

Afinal sempre havia uma festa!

domingo, setembro 10, 2006

Aniversário

30 anos. Sinto no ar um certo clima de preparação de uma surpresa.

sábado, setembro 09, 2006

Demissão do zé manuel?

O Provedor do Jornal "Público" sobre a "nota de josé manuel fernandes" que acompanhava o texto de Isabel do Carmo, já referenciado neste texto.

A ler...

Texto do André Levy sobre as FARC: "Porquê FARC?"

A Colômbia e as FARC-EP

A resistência das FARC-EP e a alteração da representatividade da esquerda nos governos de América Latina, estão a impacientar o Governo da Colômbia e toda a direita portuguesa. No seguimento da polémica sobre a presença das FARC na Festa do Avante, aqui deixo um texto do outro lado do muro retirado do Transbolivariano:

"Se não é agora, para quando a troca de prisioneiros? A maioria dos colombianos, e a história deste país reclamam-no.
Durante quatro anos, o governo Uribe interpôs negativas e ultimatos, chantagens e manobras; e nos últimos dias, rodeios. Desnecessários rodeios. Parece ter medo de agarrar o touro pelos cornos. Ninguém entende nas FARC, como pode dizer o governo que os contactos para a troca avançam por bom caminho se até ao dia de hoje não se produziu um primeiro contacto directo com as FARC.
A imprensa filtra a informação sobre contactos sigilosos do governo com destacadas personalidades da paz no Palácio [de Nariño] e suites exclusivas, mas no meio desses interlocutores ainda não conseguimos descobrir nenhum dos três porta-vozes designados pelas FARC.
De nada contribui enganar ou iludir com fantasias os familiares que já sofrem o mais duro dos calvários com o prolongado cativeiro dos seus.
Aqui o mais prático é retirar as tropas do território proposto para o diálogo, o "pré-diálogo", se essa é a vontade do governo. O importante é que se dê um face-a-face governo-FARC para discutir o intercâmbio humanitário, o qual assinaremos com a alma. Dizemo-lo nós quem no passado recente libertámos de maneira unilateral, 304 militares e polícias capturados em combate, sem que tal gesto tenha produzido no governo a mais pequena reciprocidade.
Queremos que os prisioneiros na montanha e os guerrilheiros presos na Colômbia e nos Estados Unidos regressem à liberdade.
Uribe não pode pretender que nos municipios desmilitarizados não haja presença guerrilheira quando é a única garantia de segurança válida para os porta-vozes insurgentes e de troca sem sobressaltos dos libertados.
A troca deve ser libertada desse beco sem saída da frustração em que o Presidente a meteu. É necessário que os familiares dos prisioneiros de ambas as partes, e as organizações político-sociais da Colômbia e do mundo exijam o intercâmbio agora e o fim das vacilações no Palácio de Nariño
[sede da presidência da Colômbia]".

Iván Márquez, Membro do Secretariado das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, 28 de Agosto de 2006

Cuidado com os "planos de preços" PT

Depois de constatar que estou a ser borlado pela PT enviei o email que se segue. Torno-o público para que fique mais atento à sua factura, este caso segue dentro de momentos...

"Exmos. Srs.,
Na dificuldade de resposta através do contacto telefónico realizado para a linha de apoio ao cliente PT, procuro esclarecer a situação que irei seguidamente expor através deste email:
Na V. factura emitida no dia 13 de Agosto relativa ao telefone 0000000, reparei, pela primeira vez estar-me a ser cobrada uma quantia de 4,870 por Plano de Preços. Ao contactar o vosso serviço de atendimento, que mais tarde me deixaria sem resposta, informaram-me que este valor se deveria a um plano de preços que eu havia accionado algures no mês de Fevereiro, coisa que não me lembro!
De facto, constatei após a chamada que desde Fevereiro, me tem vindo a ser contabilizado este valor perfazendo desde já o valor de 33,775 (respectivamente por cada mês: 4,880 + 4,545 + 4,870 + 4,870 + 4,870 + 4,870 + 4,870) o que, com IVA e arredondado resulta na quantia de 40,87 .
O mês de Fevereiro foi, aliás, o mês que resolvi aderir ao serviço da XXXXX.
Portanto, escrevo preocupado, pois poder-se-á tratar de um perigoso caso de esclerose precoce aquilo que me motivou, em Fevereiro último, a ter a acção dupla de mudar de serviço de telefone fixo para a XXXXX e contractualizar um serviço mais caro com a PT. Peço deste modo que a PT me envie o documento no qual eu expresso o meu interesse em aderir ao referido plano de preços.
Peço que, para bem da minha sanidade, a PT cancele este e qualquer outro plano de preço bem como qualquer outro valor acrescentado e não obrigatório que a minha esclerose possa ter accionado.
No caso de se constatar que não existe nenhum documento em que subscrevo um plano de preços, e que esta acção resulta de uma falcatrua.PT, exijo a imediata retirada do mesmo das facturas e o ressarcimento do valor de 40,87 + Juros (à taxa de juros em vigor de acordo com o BCE).
Solicito ainda à DECO (da qual sou sócio nº 0000000) e ao Exmo. Sr. Provedor de Justiça que inicie o normal processo de averiguação do sucedido e que me dê indicações sobre como devo proceder.
Com os melhores cumprimentos
Tiago Mota Saraiva"

sexta-feira, setembro 08, 2006

9999

Hoje alguém fará este blog atingir as 9999 visitas.

domingo, setembro 03, 2006

Festa do Avante


Este ano vamos falhar a Festa. Os três meses da nossa Amélia, apesar da sua invulgar capacidade de resistência, fez os pais decidirem que este ano ficariam por destinos mais calmos. Para o ano lá estaremos, com todos os camarada, amigos e Amélia.