sexta-feira, janeiro 20, 2006
Cá estaremos
Hoje é dia de apelos e das últimas sondagens. Dramatiza-se o discurso, espalham-se os boatos que já não poderão ser desmentidos ou tenta-se referir uma ou outra coisa que ficou por dizer. Eu por mim escolho a terceira hipótese, e tentarei escrever sobre algo de que ainda não falei neste blogue.Quem me conhece sabe do meu percurso político que, embora militando desde os 18 anos, tem vindo a ser muito mais próximo do associativismo do que dos partidos. Embora reconhecendo que os partidos são uma base fundamental do sistema democrático, tenho e sempre tive, muitas críticas a fazer ao meu partido e assumi-as publicamente por diversas ocasiões. Sempre o disse: sou comunista e, por isso, do PCP (não o inverso).Contudo desde a eleição de Jerónimo de Sousa para Secretário-Geral do PCP (contra a qual, na altura, me manifestei publicamente) que sinto que as coisas estão a mudar dentro e, sobretudo, para fora do meu partido. Desde o seu discurso no Congresso até à forma de estar e de agir do partido no último ano e meio.Há um outro momento que para mim me parece muito importante neste último ano e meio, e que hoje neste texto mais pessoal, me apetece falar - o funeral de Álvaro Cunhal. Foram milhares e milhares de pessoas que sentiam a morte do Álvaro como alguém que lhes era próximo e que os defendia. Milhares e mihares dessas pessoas, nunca votaram no PCP nem votarão em Jerónimo nestas eleições, mas sentiam que morria alguém que sempre viveu ao seu lado.O respeito desse povo é o património, a obrigação e a esperança que um partido comunista (e neste caso uma candidatura comunista) pode e deve ter.
publicado no Mais Livre
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