quinta-feira, agosto 31, 2006

domingo, agosto 27, 2006

O Gil Vicente, o Belenenses, o Leixões, a Liga, a Federação e a FIFA

O futebol tem, há alguns anos, uma Liga que organiza e vende o Campeonato Nacional. Essa Liga não foi capaz de resolver um problema administrativo/jurídico durante o periodo de férias e, por isso, não vamos ter futebol a horas - mas este post não é sobre isso.
O motivo deste post é o facto da FIFA, numa manifestação de poder acima dos Estados, não permite que os clubes recorram aos tribunais nacionais, ameaçando as respectivas federações de exclusão das suas provas. Como alguém dizia: "- Toma lá que é democrático!".

cinha jardim madrid 2006

Houve alguém, quem sabe se foi a própria, que chegou a este blog através de uma pesquisa no google de: cinha jardim madrid 2006!
Reparo que, para quem faz esta procura, o Randomblog aparece na fantástica 3ª posição!

sexta-feira, agosto 25, 2006

21 de Agosto de 2003

A 21 de Agosto, este blog completou três anos de sobrevivência, sem que o seu autor desse conta.
Começou com estes dois posts:
RandomBlog é um blog sobre qualquer coisa ou sobre outra coisa qualquer.
RandomBlog é uma cotonete de arame para mente descansada

Eleições em Setúbal

Parece-me que será inevitável haver eleições antecipadas em Setúbal.
Ao contrário do que sucedeu noutros casos de renúncia ao mandato do Presidente de Câmara, esta é uma autarquia comunista que ficou encravada na garganta do PS. Parece-me por isso que, de todos os modos e com todos os argumentos, o aparelho de estado vai carregar sobre a autarquia.
O iato de poder servirá para tornar ainda mais inevitáveis a co-incineração e todos os processos de especulação urbanística em curso e pode ter, com uma "boa imprensa", a cereja no topo do bolo de a Câmara voltar a ficar entre pares (PS ou PSD).
Conforme escrevi ontem, e reitero hoje, parece-me mais importante que os cidadãos de Setúbal sejam chamados a pronunciarem-se sobre os problemas graves que foram consignados ao Concelho.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Câmara Municipal de Setúbal

As notícias e posterior renúncia ao mandato na Câmara Municipal de Setúbal por parte do seu presidente (Carlos Sousa) e vereador (Aranha de Figueiredo), têm provocado inúmeros comentários dos mais diversos quadrantes políticos. A grande maioria dos comentários reúne-se a uma só voz contra a decisão do PCP de pedir as suas renúncias, utilizando antigos e recorrentes "clichés" na argumentação da velha guarda anti-comunista.
Embora apenas saiba aquilo que se escreveu nos jornais, de uma forma confusa, por vezes contraditória, e com um profícuo uso da "fonte anónima", irei tentar fazer a minha análise sobre a situação.

Eleições antecipadas?

Tal como noutras situações, quando o presidente de uma Câmara Municipal renuncia/suspende o seu mandato, imediatamente os partidos da oposição pedem eleições antecipadas. Não me recordo de nenhum caso em que esses pedidos de eleições antecipadas tenham tido seguimento, sendo que na sua maioria os presidentes renunciam por haver indícios de corrupção, saco azul ou utilização abusiva de meios da Câmara. Lembro ainda, que na maior parte destes casos os partidos mantém os autarcas até às últimas consequências, veja-se os exemplos de Felgueiras, Marco de Canaveses ou Gondomar como capitães de um extenso rol de cor rosa/laranja de que se reveste Portugal. Estranho que a comunicação social seja tão rigorosa a recordar as posições do PCP perante outros casos de renúncia e não recorde o PS e o PSD de Setúbal do seu historial de encobrimentos.

O Poder ao Povo

Se o argumento for o de devolver ao povo a liberdade de escolha, preocupa-me bem mais, que se criem os mecanismo para que o povo decida sobre questões que determinarão de uma forma crucial a vida do concelho, como o futuro da Torralta ou o projecto da "Nova Setúbal" e que desta forma o povo possa rescindir os danosos acordos que o sério e honesto (para o IGAT) Mata Cáceres congeminou, do que eleja o Presidente de Câmara.
Aliás esta questão parece-me bastante interessante.
Tanto Secretário-geral do PCP, como outros eleitos e responsáveis políticos do PCP sempre o disseram, sendo muitas vezes ridicularizados, que apenas são representantes de uma opinião colectiva.
Neste caso, conforme ficou bem patente, a opinião colectiva dos órgãos regionais do PCP, que por sinal também são cidadãos, estava em desacordo com a conduta política de dois dos eleitos - embora tenha sido mal explicado em que é que se baseiam estas divergências.
Na minha opinião demonstra pouca cultura democrática dizer-se que nas autarquias se vota apenas em função de quem é o candidato a Presidente da Câmara. À priori as pessoas votam num projecto e programa político e num colectivo de pessoas que integrará o mandato à Câmara. Também, desta situação, não se poderá aduzir que, quando um partido pede a um seu autarca para renunciar ao mandato, está a subverter o significado da eleição, pois a substituição de pessoas faz-se entre eleitos e não implica a rejeição do programa sufragada.

O camarada Carlos Sousa

Aquilo que de início pareceria ser uma matéria política foi imediatamente aproveitada pelo aparelho de estado socialista para se levantar suspeitas sobre Carlos Sousa, que se um dia se vierem a provar infundadas, nunca obterão o mediatismo que agora tiveram.
É igualmente importante perceber que o que está em causa é um processo de reforma compulsiva de cerca de seis dezenas de funcionários da CM de Setúbal, na sua enorme maioria quadros postos pelo aparelho do PS.
A fuga de informação revela a instrumentalização do IGAT como braço armado de uma operação política que pretende restituir a Câmara de Setúbal ao anterior poder.
Durante este processo, o Carlos Sousa, deu um exemplo de honestidade e coerência política que só pessoas com fortes convicções ideológicas podem dar.

O PCP e a gestão urbanística

Já por aqui escrevi, que historicamente, penso terem existido três fases no poder autárquico comunista. Numa primeira fase, imediatamente após o 25 de Abril, as câmaras comunistas definiam como principal estratégia a criação ou reforço das redes municipais (águas, esgotos, electricidade…). Com esta fase cumprida, as câmaras comunistas distinguiram-se na implementação de edifícios públicos de uso colectivo (piscinas, bibliotecas …). Na terceira fase, correspondente ao período no qual houve as maiores perdas eleitorais, não se consegue encontrar um elo comum.
Esta falta de traço comum identificador da política autárquica comunista, redunda nalgumas asneiras, sobretudo nas áreas da gestão urbanística. É importante que se perceba que um vereador do urbanismo ou um presidente de câmara, só por serem eleitos, não se transformam em técnicos especializados em ordenamento do território e construção da cidade. É importante que se faça um sério debate sobre estes temas, e que daí resulte a produção teórica e política necessária para servir de instrumento às tomadas de posição políticas, da Assembleia da República às Câmaras Municipais.

domingo, agosto 20, 2006

Tribunal Criminal para Israel

Iniciou-se uma petição, dirigida à Assembleia Geral das Nações Unidas, tendo em vista a instituição imediata de um Tribunal Criminal Internacional sobre Israel para, ao abrigo U.N. Charter Article 22, proceder à abertura de um processo ao primeiro-ministro Olmert, ministro da defesa Peretz e outros generais e criminosos de guerra por crimes internacionais de guerra, crimes contra a Humanidade e genocídio do povo do Líbano e Palestina.
Texto
Assinatura

Alegadamente...

Alegadamente esteve para acontecer um monumental ataque terrorista, de repercussões globais, através da explosão de dez aviões durante o seu trajecto. Desculpem a minha desconfiança, mas foi tornada pública alguma prova para a malta poder acreditar tão cegamente como o fez a comunicação social?

sábado, agosto 19, 2006

Não há almoços grátis

Polémica no blog do Provedor do Público sobre a inocente viagem de josé manuel fernandes a Israel, paga pelo respectivo MNE.

O controlo das universidades (com "u" pequeno)

Descobri no blog do Filipe Moura, a notícia que a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra tomou a medida de que para o seu quadro docente apenas sejam aceites doutorados. De acordo com a notícia da RTP, também a Fenprof concorda com contratação exclusiva de docentes doutorados.
Esta medida embora, uma leitura simplista nos possa fazer pensar que significa uma melhoria na qualidade do corpo docente, resulta numa operação para um maior controlo das oligarquias universitárias sobre a academia. As linhas de investigação tornar-se-ão cada vez mais curtas em função das vistas dos doutores do poder, escumangar-se-á todo e qualquer profissional de valor que não seja amigo do catedrático e finalmente retirar-se-á da escola aqueles que diariamente mais se relacionam com os fedelhos: assistentes e monitores.
Partindo do exemplo próximo do Departamento de Arquitectura da FCTUC, esta decisão provoca uma autêntica destruição dos quadros da cadeira central da licenciatura (Projecto), obrigando os que estão ligados ao ofício a escolher entre o atelier e universidade ou a fazer uma prova mediocre. Por outro lado, a aspiração de entrada de algum sangue novo na academia, é definitivamente cortada pelo facto dos "novos" que entram serem os que estão em torno dos "antigos".
Na arquitectura, este cenário é devastador.
Recordo sempre a história, contada por aquele que considero o meu mestre (e que sempre se recusou a fazer provas, para além das que fazia diariamente na profissão), que nos dias de greve havia um sujeito que, embora de esquerda, era sempre o primeiro a romper o piquete e a fazer o exame. Na altura já era professor doutorado e ia caminho da cátedra, embora fosse mais novo que ele e tivesse um curriculum profissional vasto mas desastroso. É por terem medo de pessoas como o meu mestre que os doutores fazem estas leis.

P.S. - Tal como o Filipe Moura ameaça contar as suas desventuras numa candidatura a um instituto politécnico para defender o contrário do que aqui defendo, também pode ser que eu um dia conte as minhas desventuras em seis anos de Assembleia de Representantes da FAUTL, quatro anos de Senado da UTL ou numa proto-candidatura a mestrado ou doutoramento (... nunca percebi bem).

sexta-feira, agosto 18, 2006

A ver: O Logro das Rosas, Pão Ensebado



Um projecto da autoria de Pedro Penilo em colaboração com a Teatro dos Castelos - Cooperativa de Cultura. Integra-se no "Circuito das Fachadas - Outra Margem", organizado pela associação Rio Contigo, em Coimbra.

josé manuel fernandes (*)

Na semana passada,Isabel do Carmo escreveu um artigo no Público criticando a ofensiva israelita sobre o Líbano, visando em particular uma das suas, colunistas Ester Mucznik, que a havia referenciado no espaço da sua coluna. Aquilo que não pareceria ser nada mais do um artigo no qual se constata o óbvio, ganha absoluta relevância quando a "redacção do Público" faz acompanhar o texto de uma nota sobreo facto de Isabel do Carmo não ter escrito, no original, holocausto com "H"grande. Esta nota, irrelevante na sua forma, está cheia de conteúdo político. Pretende-se com isto colar o rótulo de anti-semitismo a quem não concorda com o actual governo de Israel.
A atitude do Público, para além de ser pouco séria, é colaboracionista com os atentados que Israel tem perpetrado.
Não me parece que os jornais ou os jornalistas devam ser independentes ou que não devam ter sensibilidade política. O que entendo é que esta pretensa independência jornalística perante as questões políticas (Portugal parece ser um dos últimos países em que se acredita em tal) é uma forma encapuçada de arregimentar a opinião pública.
(*) título roubado do artigo do Ruben de Carvalho

Sobre este tema também escrevem:
Daniel Oliveira
Adolfo Mesquita Nunes

quarta-feira, agosto 16, 2006

Textos do meu lado do muro:

ENCUENTROS CON FIDEL
Frei Betto
, 13 de agosto de 2006

Conocí a Fidel en Managua, la noche del 19 de julio de 1980, primer aniversario de la Revolución Sandinista. Lula y yo estábamos en casa de Sergio Ramírez cuando él llegó a reunirse con empresarios nicaragüenses. Nos saludamos y se refugió en la biblioteca. Eran las dos de la madrugada cuando el padre Miguel D'Escoto, canciller de Nicaragua, nos preguntó si estábamos interesados en conversar con el Comandante. El diálogo se extendió hasta las seis de la mañana, observado por Chomi Miyar, atento a las fotografías y un Manuel Piñeiro soñoliento, desplomado sobre su espesa barba que servía de parabán a un largo tabaco apagado. Hablamos de religión. Fue cuando él me preguntó si estaba dispuesto a ir a Cuba a asesorar el reacercamiento entre el Gobierno y la iglesia católica. Respondí que eso dependía de los obispos cubanos, quienes al siguiente año respondieron de manera positiva a la propuesta.
En febrero de 1985 vine a La Habana invitado por la Casa de las Américas. En vísperas del regreso a Brasil, Chomy me invitó a almorzar en su casa. Transcurría la media noche cuando Fidel llegó. Retomamos el tema religioso. Esta vez hizo una larga exposición sobre su formación católica en la familia y en las escuelas de los lasallistas y jesuitas.
Le pregunté si estaría dispuesto a repetir lo que me había revelado en una pequeña entrevista que serviría, de hecho, para el libro que yo pensaba escribir sobre la Revolución.
Aceptó y acordamos hacerla en mayo de aquel año.
Desembarqué en la fecha acordada que coincidió con el inicio de las transmisiones de Radio Martí. Fidel se disculpó, dijo que la nueva coyuntura le impedía conceder tiempo para la entrevista, que tal vez en otro momento. Me sentí como el pescador de "El viejo y el Mar", de Hemingway. El "pez" había mordido el anzuelo y no debía dejarlo escapar. Insistí tanto que indagó sobre qué tipo de preguntas estaba preparando. Le leí las primeras cinco de las 64 que tenía escritas. "Mañana comenzamos", dijo interrumpiéndome. Fueron 23 horas repartidas en cuatro conversaciones, en presencia de Armando Hart, que se recogieron en el libro Fidel y la religión, que tuvo una tirada de 1,3 millones de ejemplares en Cuba y se publicó en 32 países en 23 idiomas. En Australia, la Ocean Press, acaba de publicar una edición en inglés.
En 1986, desembarqué en La Habana con una caja que contenía 100 ejemplares de la Biblia en español. Se agotaron producto de tantos pedidos que recibí de cristianos y comunistas. Una tarde, me encontraba escribiendo en mi cuarto, cuando Fidel entró inesperadamente. Le conté lo de las Biblias y preguntó: "¿No sobró ninguna para mí?". Le dediqué la única que me quedaba: "Al Comandante Fidel, en quien Dios cree y a quien ama". Se sentó en una butaca de mimbre y me preguntó: "¿Dónde está el Sermón de la Montaña?". Le anoté las versiones de Mateo y Lucas. Las leyó y preguntó: "¿Cuál de las dos usted prefiere?". Mi lado izquierdista habló por mí: " La de Lucas, porque además de las buenaventuras enumera también las maldiciones contra los ricos". Fidel reflexionó un instante y respondió: "Discrepo con usted. Prefiero la de Mateo, es más sensata".
Mis padres habían venido conmigo a La Habana. Una madrugada, cerca de las dos de la mañana, el Comandante me llevó a la casa. Preguntó si "los viejos" estarían despiertos. Dije que no, pero que trataríamos de despertarlos. Él objetó que era mejor que continuasen descansando. "Comandante, no piense en el sueño de ellos esta noche. Piense en el hecho de que los nietos puedan contar, en el futuro, que sus abuelos fueron despertados en plena madrugada por el hombre que lideró a la Revolución Cubana." Se convenció y despertamos a mis padres y, alrededor de la mesa de la cocina, se prolongó la conversación hasta el amanecer.
Mi madre, especialista culinaria, le ofreció una comida. De postre, le brindó Ambrosía, el dulce de los dioses, según Homero en la "Ilíada". A la mañana siguiente, el jefe de la escolta de Fidel tocó a la puerta de la casa: "Señora, el Comandante quiere saber si le sobró un poco del postre de ayer". Mamá le dijo que esperara, y en unos minutos, preparó el dulce a base de leche, huevos y azúcar.
En marzo de 1990, Fidel estuvo en el Brasil, con motivo de la investidura de Collor, electo presidente. En Sao Paulo, participó en un encuentro con más de mil líderes de Comunidades Eclesiásticas de Base. Finalizamos con cánticos litúrgicos y todos, con las manos tomadas, rezamos el Padre Nuestro. El Comandante me apretó la mano y, aunque sus labios no se movieron, tuve la impresión de que de sus ojos brotaban lágrimas.
En 1998, después de la partida de Cuba de Juan Pablo II, Fidel invitó a un grupo de teólogos a almorzar en el Palacio de la Revolución. Estaba feliz con la visita papal y sentía un sincero afecto por el Pontífice. Uno de los teólogos criticó el hecho de que Juan Pablo II presentara a la Virgen de la Caridad con una corona de oro, cuyo valor podría haberse utilizado en la compra de medicamentos para los niños o algo parecido. Fidel reaccionó enfático en defensa del Papa y dio al teólogo una lección sobre la importancia de la patrona de Cuba en la práctica religiosa popular. Se lo tenía merecido. El teólogo se traicionó con sus propias palabras.
Este es el Fidel que conozco y que tanto aprendí a admirar. Lo considero un hermano mayor. En ocasión de la entrevista, dijo que "si alguien puede hacer de mí un cristiano es Frei Betto".Ahora, ¿cómo podría yo pretender evangelizar a un hombre que hizo de su vida una entrega de amor, heroica e integral, al pueblo de la Patria de Martí? "Tuve hambre y me diste de comer", dice Jesús en el Evangelio de Mateo (cap. 25, 31-44). Si es así, ¿qué podemos decir de un hombre que, como Fidel, liberó a todo un pueblo, no solo del hambre, sino también del analfabetismo, de la mendicidad, de la criminalidad y de la sumisión al Imperio?
¡Feliz cumpleaños, Fidel!

retirado do Granma

domingo, agosto 13, 2006

Me siento muy feliz


Juventud Rebelde

Textos do meu lado do muro:

EL FIDEL CASTRO QUE YO CONOZCO
Gabriel García Márquez
, Agosto/2006

Su devoción por la palabra. Su poder de seducción. Va a buscar los problemas donde estén. Los ímpetus de la inspiración son propios de su estilo. Los libros reflejan muy bien la amplitud de sus gustos. Dejó de fumar para tener la autoridad moral para combatir el tabaquismo. Le gusta preparar las recetas de cocina con una especie de fervor científico. Se mantiene en excelentes condiciones físicas con varias horas de gimnasia diaria y de natación frecuente. Paciencia invencible. Disciplina férrea. La fuerza de la imaginación lo arrastra a los imprevistos. Tan importante como aprender a trabajar es aprender a descansar.
Fatigado de conversar, descansa conversando. Escribe bien y le gusta hacerlo. El mayor estímulo de su vida es la emoción al riesgo. La tribuna de improvisador parece ser su medio ecológico perfecto. Empieza siempre con voz casi inaudible, con un rumbo incierto, pero aprovecha cualquier destello para ir ganando terreno, palmo a palmo, hasta que da una especie de gran zarpazo y se apodera de la audiencia. Es la inspiración: el estado de gracia irresistible y deslumbrante, que sólo niegan quienes no han tenido la gloria de vivirlo. Es el antidogmático por excelencia.
José Martí es su autor de cabecera y ha tenido el talento de incorporar su ideario al torrente sanguíneo de una revolución marxista. La esencia de su propio pensamiento podría estar en la certidumbre de que hacer trabajo de masas es fundamentalmente ocuparse de los individuos.
Esto podría explicar su confianza absoluta en el contacto directo. Tiene un idioma para cada ocasión y un modo distinto de persuasión según los distintos interlocutores. Sabe situarse en el nivel de cada uno y dispone de una información vasta y variada que le permite moverse con facilidad en cualquier medio. Una cosa se sabe con seguridad: esté donde esté, como esté y con quien esté, Fidel Castro está allí para ganar. Su actitud ante la derrota, aun en los actos mínimos de la vida cotidiana, parece obedecer a una lógica privada: ni siquiera la admite, y no tiene un minuto de sosiego mientras no logra invertir los términos y convertirla en victoria. Nadie puede ser más obsesivo que él cuando se ha propuesto llegar a fondo a cualquier cosa. No hay un proyecto colosal o milimétrico, en el que no se empeñe con una pasión encarnizada. Y en especial si tiene que enfrentarse a la adversidad. Nunca como entonces parece de mejor talante, de mejor humor. Alguien que cree conocerlo bien le dijo: Las cosas deben andar muy mal, porque usted está rozagante.
Las reiteraciones son uno de sus modos de trabajar. Ej.: El tema de la deuda externa de América Latina, había aparecido por primera vez en sus conversaciones desde hacía unos dos años, y había ido evolucionando, ramificándose, profundizándose. Lo primero que dijo, como una simple conclusión aritmética, era que la deuda era impagable. Después aparecieron los hallazgos escalonados: Las repercusiones de la deuda en la economía de los países, su impacto político y social, su influencia decisiva en las relaciones internacionales, su importancia providencial para una política unitaria de América Latina... hasta lograr una visión totalizadora, la que expuso en una reunión internacional convocada al efecto y que el tiempo se ha encargado de demostrar.
Su más rara virtud de político es esa facultad de vislumbrar la evolución de un hecho hasta sus consecuencias remotas...pero esa facultad no la ejerce por iluminación, sino como resultado de un raciocinio arduo y tenaz. Su auxiliar supremo es la memoria y la usa hasta el abuso para sustentar discursos o charlas privadas con raciocinios abrumadores y operaciones aritméticas de una rapidez increíble.
Requiere el auxilio de una información incesante, bien masticada y digerida. Su tarea de acumulación informativa principia desde que despierta. Desayuna con no menos de 200 páginas de noticias del mundo entero. Durante el día le hacen llegar informaciones urgentes donde esté, calcula que cada día tiene que leer unos 50 documentos, a eso hay que agregar los informes de los servicios oficiales y de sus visitantes y todo cuanto pueda interesar a su curiosidad infinita.
Las respuestas tienen que ser exactas, pues es capaz de descubrir la mínima contradicción de una frase casual. Otra fuente de vital información son los libros. Es un lector voraz. Nadie se explica cómo le alcanza el tiempo ni de qué método se sirve para leer tanto y con tanta rapidez, aunque él insiste en que no tiene ninguno en especial. Muchas veces se ha llevado un libro en la madrugada y a la mañana siguiente lo comenta. Lee el inglés pero no lo habla. Prefiere leer en castellano y a cualquier hora está dispuesto a leer un papel con letra que le caiga en las manos. Es lector habitual de temas económicos e históricos. Es un buen lector de literatura y la sigue con atención.
Tiene la costumbre de los interrogatorios rápidos. Preguntas sucesivas que él hace en ráfagas instantáneas hasta descubrir el por qué del por qué del por qué final. Cuando un visitante de América Latina le dio un dato apresurado sobre el consumo de arroz de sus compatriotas, él hizo sus cálculos mentales y dijo: Qué raro, que cada uno se come cuatro libras de arroz al día.Su táctica maestra es preguntar sobre cosas que sabe, para confirmar sus datos. Y en algunos casos para medir el calibre de su interlocutor, y tratarlo en consecuencia.
No pierde ocasión de informarse. Durante la guerra de Angola describió una batalla con tal minuciosidad en una recepción oficial, que costó trabajo convencer a un diplomático europeo de que Fidel Castro no había participado en ella. El relato que hizo de la captura y asesinato del Che, el que hizo del asalto de la Moneda y de la muerte de Salvador Allende o el que hizo de los estragos del ciclón Flora, eran grandes reportajes hablados.
Su visión de América Latina en el porvenir, es la misma de Bolívar y Martí, una comunidad integral y autónoma, capaz de mover el destino del mundo. El país del cual sabe más después de Cuba, es Estados Unidos. Conoce a fondo la índole de su gente, sus estructuras de poder, las segundas intenciones de sus gobiernos, y esto le ha ayudado a sortear la tormenta incesante del bloqueo.
En una entrevista de varias horas, se detiene en cada tema, se aventura por sus vericuetos menos pensados sin descuidar jamás la precisión, consciente de que una sola palabra mal usada, puede causar estragos irreparables. Jamás ha rehusado contestar ninguna pregunta, por provocadora que sea, ni ha perdido nunca la paciencia. Sobre los que le escamotean la verdad por no causarle más preocupaciones de las que tiene: Él lo sabe. A un funcionario que lo hizo le dijo: Me ocultan verdades por no inquietarme, pero cuando por fin las descubra me moriré por la impresión de enfrentarme a tantas verdades que han dejado de decirme. Las más graves, sin embargo, son las verdades que se le ocultan para encubrir deficiencias, pues al lado de los enormes logros que sustentan la Revolución los logros políticos, científicos, deportivos, culturales- hay una incompetencia burocrática colosal que afecta a casi todos los órdenes de la vida diaria, y en especial a la felicidad doméstica.
Cuando habla con la gente de la calle, la conversación recobra la expresividad y la franqueza cruda de los afectos reales. Lo llaman: Fidel. Lo rodean sin riesgos, lo tutean, le discuten, lo contradicen, le reclaman, con un canal de trasmisión inmediata por donde circula la verdad a borbotones. Es entonces que se descubre al ser humano insólito, que el resplandor de su propia imagen no deja ver. Este es el Fidel Castro que creo conocer: Un hombre de costumbres austeras e ilusiones insaciable, con una educación formal a la antigua, de palabras cautelosas y modales tenues e incapaz de concebir ninguna idea que no sea descomunal.
Sueña con que sus científicos encuentren la medicina final contra el cáncer y ha creado una política exterior de potencia mundial, en una isla 84 veces más pequeña que u enemigo principal. Tiene la convicción de que el logro mayor del ser humano es la buena formación de su conciencia y que los estímulos morales, más que los materiales, son capaces de cambiar el mundo y empujar la historia.
Lo he oído en sus escasas horas de añoranza a la vida, evocar las cosas que hubiera podido hacer de otro modo para ganarle más tiempo a la vida. Al verlo muy abrumado por el peso de tantos destinos ajenos, le pregunté qué era lo que más quisiera hacer en este mundo, y me contestó de inmediato: pararme en una esquina.

retirado de http://www.cubasocialista.cubaweb.cu/texto/cs0254.htm

quarta-feira, agosto 09, 2006

São milhares os subscritores:

"Entre los firmantes de la Declaración se destacan ocho Premios Nobel: José Saramago (Portugal), Wole Soyinka (Nigeria), Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), Dario Fo (Italia), Nadine Gordimer (Sudáfrica), Desmond Tutu (Sudáfrica), Rigoberta Menchú (Guatemala) y Zhores Alfiorov (Rusia).
En la extensa lista figuran también otras destacadas personalidades como el escritor norteamericano Noam Chomsky, el ex fiscal general de EE.UU. Ramsey Clark, el cantante Harry Belafonte, el actor Danny Glover, los novelistas Alice Walker y Russell Banks, el roquero Tom Morello, la académica y luchadora Angela Davis, el filósofo Fredric Jameson, el reverendo Lucius Walker, el arquitecto brasileño Oscar Niemeyer, el director de Le Monde Diplomatique, Ignacio Ramonet, los escritores Mario Benedetti, Eduardo Galeano y Juan Gelman, el teólogo brasileño Frei Betto y el intelectual mexicano Pablo González Casanova."

Notícia do Granma

Por Cuba



"Desde que foi comunicado o estado de saúde de Fidel Castro e a delegação provisória de seus cargos, altos funcionários norte-americanos têm formulado declarações cada vez mais explícitas acerca do futuro imediato de Cuba. O secretário de Comércio Carlos Gutiérrez opinou que ''chegou o momento de uma verdadeira transição até uma verdadeira democracia'' e o porta-voz da Casa Branca Tony Snow disse que seu governo está ''pronto e ansioso para outorgar assistência humanitária, econômica e de outra natureza ao povo de Cuba'', o que acaba de ser reiterado pelo presidente Bush".
"Já a ''Comissão por uma Cuba Livre'', presidida pela secretária de Estado Condoleezza Rice, havia destacado um informe em meados de junho ''a urgência de trabalhar hoje para garantir que a estratégia de sucessão do regime de Castro não tenha êxito'' e o presidente Bush sinalizou que este documento ''demonstra que estamos trabalhando ativamente por uma mudança de Cuba, não simplesmente esperando que isso ocorra''. O Departamento de Estado destacou que o plano inclui medidas que permanecerão secretas ''por razões de segurança nacional'' e para assegurar sua ''efetiva realização''.
"Não é difícil imaginar o caráter de tais medidas e da ''assistência'' anunciada se tem-se conta da militarização da política exterior da atual administração estadunidense e sua atuação no Iraque. Ante essa ameaça crescente contra a integridade de uma nação, a paz e a segurança na América Latina e no mundo, os abaixo-assinados exigimos que o governo dos Estados Unidos respeite a soberania de Cuba. Devemos impedir a todo custo uma nova agressão".

Assinar aqui.



JPP

Pobre Abrupto...
O blog de Pacheco Pereira continua a ser vítima de uma falha de segurança da Blogger. Para mais esclareciementos ler o link colocado pelo JPG num comentário posto aqui no blog.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Francis Obikwelu


Está nas meias-finais do Campeonato da Europa. Parece que tem mais uma mudança que os outros.

1º Lugar

Siempre!


Santiago de Cuba

domingo, agosto 06, 2006

Este senhor não é Ministro...


... este senhor é membro de uma Comissão Liquidatária.

sábado, agosto 05, 2006

sexta-feira, agosto 04, 2006

Urânio empobrecido

Os EUA terão vendido a Israel 100 bombas de urânio empobrecido.
«Provocarão uma contaminação tóxica» refere o Major Doug Rokke, antigo director do US Army Depleted Uranium e combatente no Iraque, com a função de preparar os soldados americanos para ataques nucleares e químicos.
fonte "Il Manifesto"

"Só lá ponho os pés quando voltarem os grandes Casinos"

Este senhor exemplifica bem aquilo que a direita pensa sobre Cuba.

Líbano

Como num mês se transforma em cinzas um país que até há bem pouco tempo era o recorrente exemplo de, como a intervenção no Iraque pode "democratizar" o Médio Oriente.

Timor

Finalmente o "democrata" se instalou por cima da eleição mal parida.

Cuba

Repicam os tambores das "democracias" à espera da Guerra Civil prometida.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Caderno de Verão...

... no atribulado (de)correr dos últimos dias antes das férias passou-me a citação necessária, e pela qual me venho agora penitenciar.
Caderno de Verão, na sua versão Blogger, cadernov.

O que preocupa a blogosfera?

- A falha de segurança do Blogger que permitiu clonar Pacheco Pereira em vários Abruptos. Os retratos do trabalho começaram a ter como centro o operariado asiático e os poemas passaram a ser em castelhano. Pensa-se que o pirata conheça JPP dos seus tempos M-L.

Em férias...

... de regresso?