sexta-feira, agosto 18, 2006

josé manuel fernandes (*)

Na semana passada,Isabel do Carmo escreveu um artigo no Público criticando a ofensiva israelita sobre o Líbano, visando em particular uma das suas, colunistas Ester Mucznik, que a havia referenciado no espaço da sua coluna. Aquilo que não pareceria ser nada mais do um artigo no qual se constata o óbvio, ganha absoluta relevância quando a "redacção do Público" faz acompanhar o texto de uma nota sobreo facto de Isabel do Carmo não ter escrito, no original, holocausto com "H"grande. Esta nota, irrelevante na sua forma, está cheia de conteúdo político. Pretende-se com isto colar o rótulo de anti-semitismo a quem não concorda com o actual governo de Israel.
A atitude do Público, para além de ser pouco séria, é colaboracionista com os atentados que Israel tem perpetrado.
Não me parece que os jornais ou os jornalistas devam ser independentes ou que não devam ter sensibilidade política. O que entendo é que esta pretensa independência jornalística perante as questões políticas (Portugal parece ser um dos últimos países em que se acredita em tal) é uma forma encapuçada de arregimentar a opinião pública.
(*) título roubado do artigo do Ruben de Carvalho

Sobre este tema também escrevem:
Daniel Oliveira
Adolfo Mesquita Nunes

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