quinta-feira, agosto 24, 2006

O Poder ao Povo

Se o argumento for o de devolver ao povo a liberdade de escolha, preocupa-me bem mais, que se criem os mecanismo para que o povo decida sobre questões que determinarão de uma forma crucial a vida do concelho, como o futuro da Torralta ou o projecto da "Nova Setúbal" e que desta forma o povo possa rescindir os danosos acordos que o sério e honesto (para o IGAT) Mata Cáceres congeminou, do que eleja o Presidente de Câmara.
Aliás esta questão parece-me bastante interessante.
Tanto Secretário-geral do PCP, como outros eleitos e responsáveis políticos do PCP sempre o disseram, sendo muitas vezes ridicularizados, que apenas são representantes de uma opinião colectiva.
Neste caso, conforme ficou bem patente, a opinião colectiva dos órgãos regionais do PCP, que por sinal também são cidadãos, estava em desacordo com a conduta política de dois dos eleitos - embora tenha sido mal explicado em que é que se baseiam estas divergências.
Na minha opinião demonstra pouca cultura democrática dizer-se que nas autarquias se vota apenas em função de quem é o candidato a Presidente da Câmara. À priori as pessoas votam num projecto e programa político e num colectivo de pessoas que integrará o mandato à Câmara. Também, desta situação, não se poderá aduzir que, quando um partido pede a um seu autarca para renunciar ao mandato, está a subverter o significado da eleição, pois a substituição de pessoas faz-se entre eleitos e não implica a rejeição do programa sufragada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quem, além dos políticos dorruptos afirma que Portugal é uma democracia com conhecimento de causa. Para que fosse uma democracia, em primeiro lugar o povo deveria ser o único soberano. Mas não é porque não é uma democracia.
http://leaopelado.bravehost.com/estado.htm#basesd