quarta-feira, abril 09, 2008

Menomale che c'è Zé

Confesso que penso que a reportagem sobre José Sá Fernandes tem mais de anedótico do que de conteúdo político. À partida pensei que a coisa até tivesse sido produzida lá no gabinete, a voz do narrador parece ser de um português, mas se um amigo me diz que não, eu acredito.
Contudo, depois de ver o filme de Berlusconi, não resisto a pô-lo ao lado da reportagem sobre Sá Fernandes, que só peca por não ser cantada:


Parte I


Parte II

3 comentários:

AquiQ disse...

Ma dai! Já tinha visto os vídeos do "Zé" e não comentei. Não estive ao corrente do que se passou na altura, mas pareceu-me uma reportagem relativamente pacífica. Não é certamente promovida pelo meio empresarial, e talvez até seja promovida pelo próprio "Zé". É prática relativamente corrente as cadeias de televisão internacionais utilizarem repórteres locais e terem traduções lidas por actores/locutores também locais.

É triste ouvir falar assim de Portugal, mas mais triste é saber que é assim não ouvir falar. Certamente o "Zé" não será o único a combater a corrupção em Portugal, e talvez até tenha dobrado a espinha ao aceitar o acordo com o PS, mas com certeza que sabes que não há comparação possível entre o “Zé” e o “Sílvio”. Exageraste – ou a ironia perdeu-se totalmente numa relação obscura que me escapa.

tms disse...

Caríssimo, tens razão quanto ao exagero, mas é um dos artifícios da anedota.
A reportagem, como dizes, é pacífica. Não tem qualquer efeito político. Também é anedótica exagera factos e omite outros, ou seja, não é jornalismo.
De qualquer forma com o jornalismo televisivo que temos hoje, também não é de estranhar. As coisas são apanhadas no ar, de acordo com o que as agências de comunicação querem.
Nada de mais, só achei que é divertido ver as imagens que se querem montar. Os actores políticos como super-homens da justiça.
Até o Berlusconi...

Isabel Faria disse...

Sim, Tiago foi um exagero, mesmo.
A equipa apareceu aí e acompanhou a camapnha durante uns dias. Andei com eles na Mouraria. E estive com eles numa sesão sobre habitação na sede de campanha. Não me pareceu que daí viesse mal ao Mundo. Nem a Lisboa. Afinal há/houve mesmo corrupção ne CML, não? Afinal. Sá Fernandes teve (tem) um papel importante na denúncia dessa corrupção, não? Afinal se aparecesse por aí um canal de televisão ocidental qualquer, ter-se-ia aceite colaborar na reportagem, não?

A reportagém não traz nada de novo nem serve para muito, concordo. Mas daí à comparação...
E não, não foi mesmo feita em qualquer gabinete de campanha...andaram comigo e nunca os tinha visto antes...nem voltei a ver depois...e juro que não sonhei!!!
Não sei de quem é a voz...mas isso também não muda muito.