sexta-feira, agosto 25, 2006

Eleições em Setúbal

Parece-me que será inevitável haver eleições antecipadas em Setúbal.
Ao contrário do que sucedeu noutros casos de renúncia ao mandato do Presidente de Câmara, esta é uma autarquia comunista que ficou encravada na garganta do PS. Parece-me por isso que, de todos os modos e com todos os argumentos, o aparelho de estado vai carregar sobre a autarquia.
O iato de poder servirá para tornar ainda mais inevitáveis a co-incineração e todos os processos de especulação urbanística em curso e pode ter, com uma "boa imprensa", a cereja no topo do bolo de a Câmara voltar a ficar entre pares (PS ou PSD).
Conforme escrevi ontem, e reitero hoje, parece-me mais importante que os cidadãos de Setúbal sejam chamados a pronunciarem-se sobre os problemas graves que foram consignados ao Concelho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me que não vai haver eleições antecipadas em setúbal. Aposto 1 jantar até 50 Euros.

Ao contrário do que a teoria da conspiração anti-pcp defende, o IGAT limitou-se a fazer o seu trabalho... Como infelizmente quase sempre acontece nestes casos, os pareceres do IGAT não vão dar em nada.

Não me cheira que o PS queira eleições intercalares. A Câmara está um caos financeiro, a casa está a ser arrumada lentamente, a máquina partidária não está preparada... repara que eles até colaboraram no truquezinho das reformas compulsivas... agoram estão a fazer o papel de desgaste normal deles, mas não vão mexer uma palha no sentido concreto das eleições intercalares.

O PS tem muito com que se entreter e daqui a 3 anos tenciona limpar a CMS, de preferência com menos dívidas.

A limpeza do Carlos Sousa foi um acto brutal que só é possivel no contexto do novo PCP Marxista-Leninista. Alguma vez, noutros tempos, se corria assim com um autarca do prestígio do Carlos Sousa, contra o seu desejo, 10 meses depois das eleições?

Anónimo disse...

A ver vamos o que sucede, de qualquer forma seria original se houvesse eleições e, nem me parece, que fosse politicamente negativo para o PCP, embora pudesse perder a Câmara.
De qualquer forma, como já por aqui disse, não me parece que o PCP se tenha explicado de uma forma clara relativamente ao pedido de renúncia, nem me parece que tenha motivado por perseguição política, pois se assim fosse era de todo despropositado o timming e as declarações estariam muito mais afinadas.
Acredito que as grandes questões para o pedido de renúncia se tenham centrado na gestão urbanística que ao que sei, por um amigo comum que temos na CMS, era um autêntico caos sem linha política e com falta de coordenação (o que bate certo com o argumento invocado).