quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Porque Tchernobyl nunca existiu

Ontem na FIL houve uma conferência sobre a energia nuclear, promovida pela Ordem dos Engenheiros, CIP e AIP e que contou com um mui ilustre público a assistir - secretário de estado e tudo. Quando estava na Ordem dos Arquitectos já tinha passado pelos meus olhos o convite para esta conferência, e na altura tinha-me ingenuamente interrogado sobre a oportunidade do evento. A minha interrogação ficou esclarecida no telejornal da SIC Notícias.
A história conta-se da seguinte forma:
Existe um senhor chamado Patrick Monteiro de Barros, daqueles ricos fachos sempre bem relacionados com o poder, que pretende fazer numa qualquer zona de Portugal uma central nuclear para "seu lucro próprio" e "sem subsídios nem apoios do estado" conforme afirma. Este senhor, a quem desconheço qualquer actividade em prol do país, já reuniu com o Governo com o qual combinou manter segredo sobre as negociações durante as eleições "municipais" e presidenciais.
Pondo de lado o perigo que esta solução se afigura com um governo pronto a lamber as botas a um qualquer idiot€, é divertido ouvir a argumentação do dito senhor.
"Toda a gente sabe", "é fácil armazenar os lixos" e "como se faz nos outros países", são as expressões que dominam a arguência, rematando com a exclamação que na Europa nunca ninguém tinha morrido por um acidente nuclear!

1 comentário:

Anónimo disse...

De facto! Eu a pensar e a dizer que são "eles" que parecem extra-terrestres, que vivem noutro planeta e que, relativamente aos problemas concretos, respondem como se tivessem acabado de aterrar, vindos doutros planetas, não sabendo nada daqui, e afinal nós é que vivemos alucinações, como o desastre de Chernobyl. O que pensará essa gente? Será que pensam?
A pequenez, o mercenarismo e a falta de pudor dos nossos notáveis provoca-me, cada vez, mais asco. Com tanta coisa que há para fazer em matéria de gestão energética, estes gajos continuam com a sua mania de que hão-de transformar este país na lixeira do Mundo... Depois vão viver para Inglaterra... Portugal não precisa de Centrais Nucleares, precisa é de governantes dignos e competentes...