terça-feira, março 21, 2006
Decreto Lei 73/73 | Mistificações
Comentando um meu post recente sobre o DL 73/73, alguém coloca a questão nos seguintes termos:
"Acho que os Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia têm todo o direito de exercer a sua profisão, têm o direito a se defender de pessoas que simplesmente lhe querem tirar o unico sustento"
Esta é a forma como se tem conseguido perpetuar este Decreto Lei. Tentar através de uma mistificação social dizer que existem os "ricos" e os "pobres" e que aqueles "pobres" que "desenham" os projectos de arquitectura sustentam "pobres" famílias numerosas. Aquilo que se omite é que os "pobres" às vezes são muito ricos, recebendo muito por um pobre "serviço de arquitectura" que demorou um dia a preparar. Alicerçada a esta mistificação do "pobre" e do "rico" aparece sempre a ideia de que o "pobre" agente técnico, tem um atelier muito "pobre" e está muito longe de ter relações de promiscuidade com funcionários da câmaras que "orientam" os processos e com as construtoras. A terceira mistificação é que existem muitos agentes técnicos.
"Acho que os Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia têm todo o direito de exercer a sua profisão, têm o direito a se defender de pessoas que simplesmente lhe querem tirar o unico sustento"
Esta é a forma como se tem conseguido perpetuar este Decreto Lei. Tentar através de uma mistificação social dizer que existem os "ricos" e os "pobres" e que aqueles "pobres" que "desenham" os projectos de arquitectura sustentam "pobres" famílias numerosas. Aquilo que se omite é que os "pobres" às vezes são muito ricos, recebendo muito por um pobre "serviço de arquitectura" que demorou um dia a preparar. Alicerçada a esta mistificação do "pobre" e do "rico" aparece sempre a ideia de que o "pobre" agente técnico, tem um atelier muito "pobre" e está muito longe de ter relações de promiscuidade com funcionários da câmaras que "orientam" os processos e com as construtoras. A terceira mistificação é que existem muitos agentes técnicos.
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5 comentários:
"Esta é a forma como se tem conseguido perpetuar este Decreto Lei"
Não me parece que esta seja a forma de o revogar, ainda não vi a Ordem preocupada em arranjar soluções para estes técnicos.
Apresentem-se soluções para estas pessoas e o problema é resolvido.
Estes técnicos podem ter um papel importante na preparação dos desenhos de obra, tendo em conta que têm estado sempre muito próximo daquilo que se constrói. A segunda alternativa, que também me parece óbvia, é o Estado, no âmbito do Plano Tecnológico no qual tanto se tem falado de formação, desenvolver planos com as universidades de modo a que estas pessoas possam fazer a licenciatura pretendida arquitectura ou engenharia.
Recuperar o ensino noturno, por exemplo.
Ora ai está uma boa reflexão, já se viu alguém da OA propor algum enquadramento a estes profissionais? nao! por isso enquanto isso não for elaborado a questão social impera na questão da pretensa qualidade dos projectos de arquitectura.
Caríssimo Arq!
Para além de ser um dos primeiros subscritores da Iniciativa, também sou tesoureiro nacional da OA. Queira saber que esta reflexão que aqui fiz já foi feita pelos signatários junto da Comissão Parlamentar que está a analisar a Iniciativa e junto dos Grupos Parlamentares que receberam a OA (PSD, PS e PCP).
Se o carissimo é da OA, então já me estou a rir , você tem acerteza que quer recuperar o ensino nocturno?
Porque os poucos licenciados de cursos de arquitectura nocturnos estão impedidos de entrar na OA, desde 2002.
Mais, o meu curso não consegue colocar um unico arquitecto na OA desde 2002, devido a um sitema ilegal!
Que tristeza, uns dizem uma coisa outros dizem outra, enfim criatividade a mais...
Veja lá se consegue mudar por ai algumas mentalidades tacanhas!
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